terça-feira, maio 02, 2006

nada

Ausência de cor.
Tédio no lugar do prazer.


















Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.
(Eugênio de Andrade)